Conselho de Cooperação do Golfo advoga por fim de assentamentos israelenses


O secretário-geral do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), Abdel-Rahman al Ateya, advogou hoje pelo fim dos assentamentos israelenses "por terem sido construídos em terras ocupadas".

Em comunicado, Al Ateya considerou que o "congelamento" dos assentamentos não basta, em referência à solicitação internacional de que Israel freie a construção de novas colônias, mas "o mais importante é destruí-los totalmente".

Além disso, fez uma chamada à retirada de Israel de todas as terras palestinas e árabes, "especialmente daquelas que se ocuparam após 1967", disse.

Na Guerra dos Seis Dias, nesse ano, Israel ocupou a Cisjordânia, controlada então pela Jordânia, as Colinas do Golã (da Síria), a Península do Sinai – mais tarde devolvida ao Egito – e a parte oriental de Jerusalém.

O secretário-geral do CCG afirmou também que o Conselho mantém "uma posição invariável" e única em relação ao conflito árabe-israelense: "é preciso seguir com o Mapa de Caminho e é preciso considerar Jerusalém como terra ocupada", acrescentou.

Al Ateya advertiu da situação instável que reina na zona, o que obriga aos países da região a "tratar com precaução a nova situação estratégica".

Neste sentido, assinalou que "as ameaças estratégicas continuam" e que para garantir a segurança e a estabilidade nesta região do requer "um trabalho contínuo, não somente dos países do Conselho mas uma cooperação com seus aliados e amigos, entre eles a Otan".

Toda esta cooperação com o objetivo, explicou, de "desenvolver novos mecanismos e meios políticos ou militares para fazer frente aos desafios atuais que afetam à paz e a segurança no mundo".

Na nota, Al Ataya aludiu também a problemas como a pirataria e outras atividades terroristas que, segundo sua opinião, afetam à liberdade do comércio internacional e a navegação.

Estas declarações foram realizadas à margem da cúpula de cooperação realizada hoje em Abu Dabi entre os Emirados e a Otan com o objetivo de avançar com a Iniciativa de Cooperação de Istambul.

O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, advogou hoje pela criação de um Estado palestino para pacificar a região do Oriente Médio e pediu que palestinos e israelenses retomem as conversas.

No encontro participam 60 enviados da Otan e um grande número de responsáveis do Governo local.