Colômbia oferece US$ 895 mil de recompensa por captura de guerrilheiro


O governo da Colômbia ofereceu uma recompensa de US$ 895 mil por informações que levem à captura de um chefe do ELN (Exército de Libertação Nacional, a segunda maior guerrilha do país) que teria fugido para a Venezuela depois de ter sido resgatado por um grupo de rebeldes na última quarta-feira.

Gustavo Aníbal Giraldo, conhecido como "Pablito", foi resgatado por um grupo de guerrilheiros na quarta-feira, enquanto era transferido de uma prisão no Departamento (Estado) de Arauca, Colômbia. A transferência foi realizada a partir de um pedido de um juiz local.

Durante o resgate, houve troca de tiros entre policiais e rebeldes. Um carcereiro foi morto e outro ficou ferido, de acordo com autoridades colombianas.

Segundo o comandante da Polícia de Arauca, coronel Luis Alberto Ortiz, "Pablito" teria fugido para a Venezuela em uma lancha.

De acordo com Ortiz, os carros e motos que foram utilizados no resgate do chefe guerrilheiro teriam sido encontrados perto do rio Arauca, região da extensa fronteira de mais de 2 mil quilômetros entre os dois países.

Inteligência

As autoridades colombianas afirmam ter solicitado ajuda das autoridades venezuelanas para capturar o chefe guerrilheiro.

"Ativamos equipes de inteligência para produzir o rastreamento, localização e a captura deste indivíduo", afirmou a jornalistas o general Oscar Naranjo, diretor da Polícia Nacional.

"Pablito", considerado um dos mais importantes dirigentes do ELN, foi preso em 2008.

Há duas semanas, a Suprema Corte de Justiça colombiana rejeitou um pedido da justiça americana que solicitava a extradição do chefe guerrilheiro para que ele respondesse nos EUA à acusação de sequestro de dois jornalistas americanos em 1999.

Guerrilha

O ELN foi fundado em 1964 e conta com um exército de cerca de 5 mil guerrilheiros.

A segunda maior guerrilha do país – assim como a mais numerosa, as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) – sofreu importantes baixas nos últimos anos devido à ação de grupos paramilitares de direita e das Forças Armadas do país.

Desde 2002, com a ajuda militar dos Estados Unidos, por meio do Plano Colômbia, o governo colombiano tem endurecido a política de combate às guerrilhas através da saída armada, e não negociada.