O Paraguai rejeitou um convênio de cooperação militar com os Estados Unidos que implicava a presença de 500 norte-americanos no país, por considerá-lo pouco conveniente em um cenário regional marcado por polêmicas sobre a segurança.
O presidente socialista Fernando Lugo confirmou nesta quinta-feira em entrevista coletiva que seu governo resolveu não fazer parte do exercício chamado "Novos Horizontes 2010" do Comando Sul das Forças Armadas dos EUA, um programa similar a outros implantados em anos anteriores no país.
"Seriam 500 pessoas militares e profissionais dentro do país, algo que não passa desapercebido", disse Lugo.
"Não é prudente nem conveniente neste momento e poderia ter uma repercussão de questionamentos entre os outros países irmãos do Mercosul e da Unasul", acrescentou.
A decisão acontece num momento em que os países da América do Sul discutem suas políticas de segurança em meio a uma avanço na corrida armamentista e à polêmica por um acordo militar entre Colômbia e Estados Unidos.