Chávez anuncia criação de Banco do Sul e aportes iniciais


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, informou neste domingo que o recém-criado Banco do Sul receberá aportes financeiros iniciais de US$ 4 bilhões de seu país, do Brasil e da Argentina. O anúncio foi feito durante a II Cúpula América do Sul-África (ASA), que ocorre na Ilha de Margarita, situada no caribe venezuelano.

Segundo Chávez, os demais países que terão cotas de participação no banco — Equador, Uruguai, Paraguai e Bolívia — farão aportes em "proporções distintas". O presidente explicou que a entidade terá sua sede principal em Caracas e dois escritórios regionais em Buenos Aires, na Argentina, e La Paz, na Bolívia.

A criação do órgão foi formalizada no sábado à noite, com a assinatura da ata constitutiva em Porlamar, capital da Ilha de Margarita e sede da Cúpula ASA. Para Chávez, o banco desempenhará um papel estratégico para "fortalecer a integração e reduzir as assimetrias" econômicas entre seus países-membros.

Haverá, segundo ele, financiamentos a órgãos estatais, entidades autônomas, empresas privadas, de capital misto, comunitárias ou cooperativas. Uma reunião de trabalho que ocorreria hoje entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez foi adiada para outubro, já que o brasileiro alegou que precisava seguir para a Dinamarca, onde debateria a candidatura do Rio de Janeiro para receber as Olimpíadas de 2016.

O encontro ocorreria como parte do mecanismo trimestral de consultas mantido pelos dois governos e, de acordo com a imprensa venezuelana, pode ficar para o dia 17 ou 18 de outubro na cidade de El Tigre.