Nordeste acima da média


A expansão da presença de refrigeradores e televisores nos lares nordestinos foi de mais de 6,5 pontos percentuais entre 2002 e 2006, resultado bem superior à média nacional do período, que foi de 2,5 a 3 pontos percentuais.

A constatação é do estudo Consumo Residencial de Energia Elétrica na Região Nordeste, divulgado hoje (), pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Tendo como base o período de que vai de 2003 a 2008, o estudo atribui este crescimento ao aumento da renda da população, motivado tanto pelos ganhos reais do salário mínimo, quanto pela transferência de recursos do Programa Bolsa Família.

“Aliado ao crescimento do consumo de energia elétrica nas residências e ao número de lares interligados à rede básica, a maior aquisição de eletrodomésticos por parte dos nordestinos é mais uma comprovação da forte redução da desigualdade da região, em relação ao restante do país”, avaliou o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim. 

Na avaliação da EPE, ambos os equipamentos chegam a responder por até 30% do consumo de energia elétrica em uma residência, o que explica, em parte, o fato de que o acompanhamento histórico indica que o consumo médio per capita (individual) residencial de energia elétrica no Nordeste apresenta constante evolução, à exceção dos períodos de crise ou racionamento.

“Desde 2003, o indicador tem crescido à taxa média de 1,4% ao ano e, agora, se situa em 97 kilowatts/mês (KW/ mês), na região."

Outra constatação da EPE é a de que, de 2004 a 2008, cerca de 7,8 milhões de pessoas foram beneficiadas com acesso à rede básica de energia elétrica, em decorrência de 1,57 milhão de novas ligações implementadas pelo Programa Luz para Todos nas grandes regiões do país. Deste total, quase a metade (%) das ligações foram feitas na região nordestina.  

Sem levar em conta o primeiro ano do programa, ainda em fase de concretização, a média mensal de ligações no Nordeste chegou a 18,2 mil, número que saltou para 48,1 mil/mês de janeiro de 2005 a maio de 2008.

“Isto significa que 37,8% das ligações de consumidores residenciais no Nordeste se fizeram, no período, através do Programa de universalização do acesso à energia elétrica do governo federal”, conclui o estudo da EPE.