Desemprego cai


A taxa de desemprego brasileira recuou pelo quarto mês seguido em junho. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira () pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a taxa ficou em 7,8% no mês, uma queda de 0,01 ponto percentual em relação ao mês anterior. A taxa é a menor para meses de junho desde 2002, ano de início da série histórica do IBGE.

A taxa de desocupação em junho é a mais baixa registrada este ano, maior apenas que os 7,4% verificados em dezembro do ano passado. Em relação a junho de 2007, a taxa de desocupação para o agregado das seis regiões pesquisadas caiu 1,9 ponto percentual.

De maio para junho, a pesquisa mensal de emprego assinalou estabilidade no contingente de desocupados nas regiões pesquisadas, em 1,8 milhão de pessoas. Em relação a junho de 2007, o recuo foi de 17%.

Por regiões
Regionalmente, no mês, houve estabilidade no desemprego em todas as regiões. Em relação a junho de 2007, verificou-se queda expressiva em Recife (1 pontos percentuais), Salvador (5 pontos percentuais), Rio de Janeiro (4 ponto percentual), São Paulo (0 pontos percentuais) e Porto Alegre (3 ponto percentual).

O contingente de desocupados também ficou estável nas seis regiões pesquisadas frente ao mês anterior. Na comparação com junho de 2007, houve quedas em Recife (1%), Belo Horizonte (6%), Salvador (0%), Rio de Janeiro (6%), São Paulo (4%) e Porto Alegre (2%).

Pessoas ocupadas
O contingente de pessoas ocupadas (7 milhões) em junho de 2008 cresceu 1,1% em relação ao mês anterior e 4,5% na comparação com junho de 2007, o que corresponde a cerca de 932 mil postos de trabalho, segundo o IBGE. Com isso, o nível de ocupação chegou a 52,6%, o maior da série da PME, iniciada em março de 2002.

Regionalmente, em relação ao mês anterior, houve altas em Recife (8%) e São Paulo (6%). No ano, altas em Belo Horizonte (2%), Rio de Janeiro (3%), São Paulo (1%) e Porto Alegre (1%).

 
Carteira assinada
O número de trabalhadores com carteira assinada não se alterou em relação a maio, ficando em 43,9% da população ocupada. Frente a junho de 2007, foi registrada elevação de 9,5%. Nesta base de comparação, houve elevação em todas as regiões pesquisadas: Recife (1%), Salvador (6%), Belo Horizonte (1%), Rio de Janeiro (5%), São Paulo (4%) e Porto Alegre (6%).

Também foi registrada estabilidade no número de empregados sem carteira assinada no setor privado, que representam 13,4% da população ocupada.

 
Rendimento
Em junho de 2008, o rendimento médio real habitual os ocupados ficou em R$ 1.216,50, apresentando estabilidade em relação a maio último (R$ 1.219,83). Na comparação com junho de 2007, o quadro foi de recuperação (7%).

No enfoque regional, em relação ao mês anterior, houve ganhos no rendimento em Salvador (9%) e Rio de Janeiro (7%). O rendimento recuou em Recife (6%), Belo Horizonte (9%), São Paulo (7%) e Porto Alegre (9%). No ano, houve elevação em Salvador (9%), Belo Horizonte (6%), Rio de Janeiro (4%), São Paulo (0%) e Porto Alegre (7%). Foi registrado declínio em Recife (9%).

A massa de rendimento real efetivo da população ocupada foi estimada em R$ 26,5 bilhões para o total das seis regiões metropolitanas. O valor representa um acréscimo de 0,6% em relação a abril de 2008 e 7,9% em relação a maio de 2007.