São Paulo homenageará nesta quinta-feira () o centenário de Salvador Allende. A memória e o legado do presidente chileno na primeira experiência de governo socialista na América do Sul (-1973), truncada pelo golpe do general Augusto Pinochet, serão celebrados na Assembléia Legislativa do Estado.

Médico e marxista, Allende nasceu em Valparaíso em 26 de junho de 1908. Militou durante toda a vida no Partido Socialista do Chile, que ajudou a fundar e representou no Senado. Concorreu por três vezes à presidência da república, em 1952, 1958 e 1970, elegendo-se na terceira tentativa, apoiado por pela Unidade Popular, uma coligação comunista-socialista.

A tentativa chilena de construção pacífica do socialismo polarizou a sociedade e abriu uma fase de agudo conflito político. Passou a sofrer a hostilidade aberta do governo estadunidense de Richard Nixon (boicote político, recusa de crédito, pedido de embargo do cobre chileno) e um esforço sistemático de desestabilização por parte das classes e forças conservadoras, que culminou com o golpe militar de 11 de setembro de 1973 e a ditadura fascistizante do general Pinochet.

Allende morreu no dia do golpe, no Palácio de la Moneda, sede do governo. Suicidou-se, ou, conforme outra versão, foi assassinado pelos golpistas quando estes tomaram o palácio, depois de metralhá-lo. No século 21, é lembrado como um precursor dos governos progressistas que passaram a predominar no continente.

A convocação é da Associação Brasileiro-Chilena de Amizade, da Associação Salvador Allende, Canto Libre, Comissão Centenário e Centro de Estudos Políticos Presidente Salvador Allende Gossens. O ato comemorativo será no Auditório Franco Montoro, às 19 horas.

Mais informações sobre o ato, a vida e a trajetória de Alldende estão no endereço http://www.centenarioallende.org.