Senado celebra Dia Mundial da Saúde


O Senado realizou nesta quarta-feira () sessão especial destinada a comemorar o Dia Mundial da Saúde, celebrado em 7 de abril. Na mesma solenidade, também foram lembrados os 60 anos de fundação da Organização Mundial de Saúde (OMS), que elegeu como tema para marcar a data a proteção da saúde frente às mudanças climáticas.

Participaram da sessão o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, o presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Eduardo Santana, o presidente da Federação Brasileira de Hospitais, Eduardo de Oliveira e representantes de entidades da área de saúde de todo o país.

Em pronunciamento durante a sessão, o Senador Inácio Arruda chamou a atenção para a necessidade de uma “reforma sanitária”  e para o estabelecimento de metas visando a erradicação de doenças que afligem as camadas mais pobres da população. Ele argumentou que problemas como a dengue, que atingem todas as pessoas indistintamente, mobilizam um setor da sociedade que tem mais força de pressão sobre os veículos de comunicação. Enquanto isso, o combate a outras moléstias não recebe o mesmo destaque. “Existem doenças que têm cura, têm tratamento, têm remédios nos hospitais e postos de saúde, e mesmo assim matam milhares de brasileiros, como a tuberculose e a malária”, afirmou. “Essas doenças raramente atingem alguém rico. São doenças de camadas pobres, periféricas.

Temos de dar uma atenção especialíssima a essas moléstias que são negligenciadas, principalmente no interior brasileiro”, explica Inácio.

O parlamentar sugeriu a criação de um Plano de Metas para levar a todos os habitantes condições adequadas de saneamento: “Não existe o Luz para Todos, uma vitória espetacular do povo brasileiro? Agora, vamos estabelecer outra meta: até 2015, água para todos. Não poder haver uma casa no Brasil que não tenha água tratada e coleta de esgoto para a população. Isso evitaria uma quantidade enorme de doenças”, disse.

O parlamentar também destacou a responsabilidade que tem o Congresso Nacional em relação à regulamentação da Emenda nº 29 que aumenta os recursos dirigidos para a saúde e disse que a não-prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) trouxe dificuldades ao setor: “O Senado brasileiro tem a obrigação de representar e defender os Estados, para onde vão os recursos dentro da estrutura de saúde brasileira que está intimamente ligada ao SUS.”