Professores tentam acordo com Governo para evitar greve


Representantes da Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), do  Proifes (Fórum de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior) e do Sinasef (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional), participaram de reunião nesta quarta-feira () no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), em Brasília, em busca de um entendimento com o governo para que sejam atendidas as reivindicações dos docentes das universidades federais brasileiras.

Os professores foram recebidos pelo Secretário de Recursos Humanos do Ministério, Duvanier Paiva Ferreira. Acompanharam a reunião o deputado federal Chico Lopes (PCdoB/CE), um representante do Ministério da Educação e o Gabinete do Senador Inácio Arruda , representado pelo assessor Carlos Décimo.

Os docentes alegam que há dois anos estão sem reajuste salarial – um professor universitário federal com título de doutor e regime de dedicação exclusiva, recebe, no máximo, R$ 6.300,00 em final de carreira. Os professores também querem que o reajuste na remuneração seja proporcional à carga horária desenvolvida.

Outro problema é que quase 30% do quadro de docentes das Instituições Federais de Ensino Superior são compostos por professores contratados sem concurso, os chamados professores substitutos, que percebem remuneração que não ultrapassa 50% do que percebe um professor efetivo. Diante disso, várias entidades docentes já teriam aprovado indicativo de greve para o final deste mês.

Durante o encontro ficou acertado um calendário de reuniões para consolidar uma proposta de acordo, nos dias 03, 11, 18 e 23 de outubro. O Secretário Duvanier considerou as reivindicações muito justas e afirmou que há concordância do Ministério em melhorar o vencimento básico. Ele prometeu esforço do MPOG para superar as distorções, trabalhando no sentido de construir uma alternativa conjunta para ser apresentada na negociação final, em 23 de outubro.