Com queda de 15%, 2006 foi o melhor ano no combate à miséria


O percentual da população brasileira que vive em situação de miséria caiu de 22,77% em 2005 para 19,31% em 2006, segundo os dados da Pnad do IBGE. O ano passado ‘foi o melhor ano isolado da série história da nova Pnad, com queda de 15% da miséria’, aponta o pesquisador Marcelo Néri, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que lançou nesta quarta-feira () o estudo Miséria, Desigualdade e Políticas de Renda: O Real do Lula.


Fonte: FGV O estudo trabalha com a idéia de que a contenção da inflação, com o Plano Real, em 1994, e os programas sociais do governo Lula após 2003 corresponderam a momentos de melhoria da renda dos brasileiros pobres. Em 1992, o porcentual da população que vivia em situação de miséria era de 35,16%.

A pesquisa avalia a evolução da distribuição de renda e da pobreza, com destaque para as políticas de rendas dos últimos 15 anos.  ‘A novidade é que 2006 não só dá seqüência às conquistas observadas desde a piora da pobreza de 2003, revelada pelo CPS,  como também constitui o melhor ano isolado da série histórica da nova PNAD com queda de 15% da miséria’, afirma o site da FGV.

Banco de dados da renda do Brasil

‘Em 2006,  tivemos um crescimento do PIB per capita comparável ao do Haiti (3%) enquanto o da renda domiciliar per capita calculada em primeira mão a partir da Pnad pelo Centro de Politicas Sociais FGV é de 9.16%, mais próximo a um crescimento chinês. Olhando a distribuição de renda, os 50% mais pobres cresceram o seu bolo em 12% e os 10% mais ricos em 7.8%. Ou seja, o bolo cresceu para todos mas com mais fermento entre os mais pobres’, diz ainda o texto.

A pesquisa revela como o crescimento se distribuiu entre os diferentes grupos sócio-econômicos, abrindo os canais de como as políticas públicas do período recente como a expansão do Bolsa Família, insustentáveis reajustes do salário mínimo e a reversão trabalhista, impactaram diferentes fontes de renda.

Paralelamente ao lançamento do estudo, a FGV coloca hoje na internet um sítio da pesquisa com amplo banco de dados amigável e análises associadas incorporando séries como a nova PNAD 2006 sobre a evolução de estatísticas sociais baseadas em renda. O acervo contém dados sobre diferentes estratos da população, abertos por características espaciais (estado , região metropolitana, etc), características pessoais (escolaridade,  sexo, raça  etc) e econômicas (ocupação, favelas etc). A pesquisa realiza monitoramento das metas do milênio, traça cenários de de indicadores sociais para o futuro.

Com agências e FGV

 

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