O Parlamento do Mercosul, em sua quarta reunião, aprovou nesta segunda, por unanimidade dos representantes do Brasil, do Paraguai, do Uruguai e da Argentina, sua proposta de regimento interno. Relatado pelo deputado Dr. Rosinha, o texto recebeu 13 votos da delegação argentina, 18 da brasileira, 15 do Paraguai e 15 do Uruguai.
O regimento foi dividido em 11 capítulos e contém 173 artigos, sendo previstas dez comissões técnicas. Também há previsão no texto regimental de que, iniciada a sessão, a falta de quórum subseqüente não impedirá o debate do tema em discussão, ficando vedada, no entanto, qualquer votação.
O Parlamento do Mercosul também prestou uma homenagem, com um minuto de silêncio, aos parlamentares brasileiros que faleceram no mês de julho: Júlio Redecker (PSDB-RS), uma das vítimas do acidente da TAM em Congonhas, o senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA), e o presidente do PP, deputado Nélio Dias. Redecker era representante do Brasil no Parlamento do Mercosul, na condição de suplente, e chegou a presidir a Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul durante dois anos.
Embaixador faz análise do Mercosul
Ainda nesta segunda, os senadores e deputados brasileiros que integram o Parlamento do Mercosul participaram de um café da manhã de trabalho com o delegado permanente do Brasil junto à Associação Latino-Americana de Integração (Aladi) e ao Mercosul, embaixador Regis Arslanian. No encontro, o embaixador falou sobre qual tem sido a agenda do Mercosul e sobre o que os governos dos países que formam o bloco estão fazendo em favor da integração.
O embaixador destacou que a agenda do Mercosul cresceu muito e ficou muito mais complexa. Disse também que hoje existe uma percepção de que a integração não se restringe ao comércio e que tem de ser equilibrada e de interesse dos quatro países que formam o bloco – Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
Segundo o embaixador, ainda, há um entendimento de que quanto melhor estiverem os parceiros, melhor ficará a integração. Nesse contexto, disse Arslanian, cresceu muito a discussão da questão da redução das assimetrias existentes entre os países, com a aprovação de diversos projetos com tal objetivo, como o de criação do Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul (Focem).