A Comissão Mista Especial de Mudanças Climáticas, criada para acompanhar, monitorar e fiscalizar ações destinadas a combater os efeitos do aquecimento global sobre o Brasil, discutiu esta semana assuntos administrativos e definiu um cronograma de trabalho. A comissão, que analisa propostas legislativas em andamento na Câmara e no Senado relativas a questões climáticas, reuniu os senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE), Delcídio Amaral (PT-MS), Renato Casagrade (PSB-ES) e os deputados Rebbeca Garcia (PP/AM) e Eduardo Gomes (PSDB-TO).
O grupo de parlamentares aprovou a discussão do Código Florestal brasileiro e a realização de audiências públicas em vários pontos do País. Os estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Ceará estão incluídos na relação de visitas que a comissão deve realizar. O Senador Inácio Arruda ressaltou a necessidade de uma visita dos parlamentares que compõem a comissão à região do Cariri, onde há um processo de desertificação que merece a devida atenção das autoridades. Ele citou a convenção da ONU sobre o tema da desertificação, a qual o Brasil é candidato a sediar. Ainda no Ceará, os parlamentares devem conhecer de perto uma usina de geração de energia eólica.
Já em São Paulo, se encontram, por sugestão do Senador Inácio, com o geógrafo e professor da USP Aziz Ab´Saber, que há décadas se dedica a investigar fenômenos relacionados com a ecologia urbana e a proteção da biodiversidade, para discorrer sobre o impacto da nova realidade climática nos biomas brasileiros.
No Mato Grosso do Sul, a Comissão Mista de Mudanças Climáticas vai discutir a biodiversidade do Pantanal com instituições e empresas que trabalham em prol do meio ambiente. Outras audiências públicas previstas envolvem os setores agropecuário, elétrico, de petróleo e gás, de transportes e o de saneamento com abordagem sobre a política nacional de resíduos tóxicos.