A luta contra a desigualdade dos direitos e opressão de gênero, não é uma questão só da mulher, mas de todo um coletivo partidário. Homens e mulheres têm que levar a idéia de emancipação a todos os espaços como uma questão de necessidade. Esse é um dos principais desafios da 1ª Conferência Nacional sobre a Questão da Mulher, lançada ontem a noite () em Fortaleza, por Liége Rocha, da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres do Governo Federal, diretora da União Brasileira de Mulheres e membro da Comissão Nacional de Mulheres do PCdoB.
O lançamento aconteceu no auditório da reitoria da Universidade Federal do Ceará, contando com a presença da farmacêutica Maria Penha, que simboliza toda a resistência da luta da mulher contra a violência, assimilidada pelo Presidente Lula, que a homenageou com a “Lei Maria da Penha”. Presentes também representantes de várias entidades de mulheres.
Antecedendo a 1ª Conferência Nacional sobre a Questão da Mulher, marcada para março de 2007, em São Paulo, acontecem as conferências municipais e estaduais, onde serão discutidos o documento oficial e escolhidos os delegados que representarão o Ceará na conferencia nacional. Para a médica Teresinha Braga, que coordena os trabalhos em Fortaleza, essa conferência é fruto de muitos anos de luta de mulheres que deram suas vidas por direito e liberdade. Ela ressaltou a importância do governo Lula nessa luta, criando a Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, acrescentando que “nós mulheres queremos e lutamospor uma sociedade socialista”.
Em sua fala, Liége Rocha fez questão de ressaltar a importância que o PCdoB dá a questão da mulher, reconhecendo o seu papel na sociedade. Disse que a conferência acontece num momento significativo do governo Lula, e que é preciso olhar com carinho e sensibilidades para as questões de gênero. “Nós deixamos de ser atrizes coadjuvantes para sermos protagonistas da história do Brasil”. Para
Liége é fundamental conhecer a realidade de todas as mulheres brasileiras, acabar com a subestimação da luta contra a desigualdade de direitos entre gêneros e dá conta do engrandecimento do papel das mulheres na vida social, econômica, política e cultural do país.
Por fim, conclamou todos os presentes a respeitar as diferenças, ressaltando que “queremos direitos e oportunidades iguais numa sociedade onde homens e mulheres possam conviver sem pensar que um vai superar o outro”. E disse que era preciso aumentar a participação da mulher na vida e nas instâncias partidárias, aprofundando a luta pelos valores avançados contra a discriminação e opressão de gênero como forma de emancipação dos homens e mulheres comunistas.