Enquanto não houver a Reforma Tributária e uma política econômica desenvolvimentista, o patamar de crescimento de 5% ao ano não adiantará para a região Nordeste. Essa é a opinião do Senador eleito Inácio Arruda (PCdoB), que participou segunda-feira () em Brasília, do lançamento, pelo Governo Federal, do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).
Para Inácio, o entrave na situação econômica do país ainda reside na elevação dos juros e do superávit primário. Se os juros não baixarem, somente a contenção de gastos na área de saúde e educação, por exemplo, se tornará inócua, com efeitos propagandísticos.
Como líder da bancada do PCdoB, Inácio já transmitiu sua opinião a equipe econômica e ao presidente Lula. No entanto, ele acredita que as medidas previstas no PAC, não terão nenhuma cisão da base aliada do governo, apesar de coincidir com a eleição da Mesa Diretora da Câmara, com disputa acirrada entre membros do próprio governo. “Apesar disso, a maioria deve apoiar o PAC”, acredita.
Objetivo
O Programa de Aceleração do Crescimento tem o objetivo de “destravar” a economia do país com um conjunto de medidas de desoneração tributária e a ampliação de investimentos em infra-estrutura, entre outras frentes de ação. Entre as propostas, duas são fundamentais para o equilíbrio das contas públicas a partir do ano que vem: a prorrogação da CPMF (o chamado imposto do cheque) e da DRU – Desvinculação de Receitas da União, mecanismo que autoriza o governo federal a gastar livremente 20% de suas receitas vinculadas.
Para o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), as medidas produzirão resultados rápidos no país. Na sua opinião, a diminuição dos impostos que devem ser pagos pelas empresas, pode contribuir para incentivar a atividade produtiva brasileira, com reflexos na criação de maior número de empregos.