A ação da Secretaria de Agricultura e Pecuária (Seagri) de distribuir 558 mil mudas de cajueiro anão precoce a produtores de caju de 55 municípios cearenses foi considerada pelo senador eleito Inácio Arruda um passo importante para o fortalecimento e crescimento da cultura do caju no Ceará. É a primeira vez que a Secretaria distribui a muda da planta. Nos anos anteriores, os produtores recebiam sementes. Em alguns casos, a planta não vingava.

Para Inácio, que tem entre as suas prioridades no Senado Federal a luta pela instalação da siderúrgica, a transposição do rio São Francisco, o programa de biodiesel e o fortalecimento da cultura do caju,  a distribuição de mudas foi uma atitude das mais louváveis. Apesar de ainda não ser o necessário, representa um grande ganho para o produtor.  Cada hectare com cajueiro anão precoce equivale a quatro hectares de cajueiro comum em termos de produção. Segundo estimativa do Sincaju, um cajueiro comum produz 280 quilos por hectare em um ano. Já o cajueiro anão produz até mil quilos por hectare no mesmo período. Normalmente, a safra se inicia em setembro de um ano e segue até janeiro do ano seguinte. Com o cajueiro anão, a produção começa em julho e segue até início de março.

A região do Cariri foi a primeira a receber a planta. Segundo o gerente da cajucultura da Secretaria, José de Sousa Paz, “as mudas já foram distribuídas, mas ainda não foram plantadas. Quando houver a primeira chuva, os produtores irão pegar as mudas e plantar”, afirma. Agora foram os produtores de Camocim que receberam a visita dos técnicos da Secretaria. “Nós estamos visitando os domicílios e oferecendo as mudas. O produtor que recebe vai pagar a muda com a própria produção. Ele vai pagar, daqui a quatro anos, R$ 1,40 por cada muda. O governo está repassando pelo mesmo preço de compra”, afirma. O cajueiro anão antecipa em dois meses e prorroga por mais dois meses a produção. Outro ganho é que é possível plantar um maior número de mudas por hectare porque ela ocupa pouco espaço.