O governador eleito Cid Gomes (PSB) pediu votos para o presidente e candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e afirmou que buscará formas de resgatar a capacidade de produção do Estado, que se destacou, nacionalmente, há 17 anos, pelo programa de atração de indústrias. O encontro foi em um almoço com empresários de diversos setores como Construção Civil, Agronegócio, Fruticultura e dirigentes da Fiec e do CIC, ontem pela manhã, no Marina Park Hotel. O evento, que teve a iniciativa do grupo de empresários, reuniu ainda lideranças políticas como presidentes e secretários de partidos, vereadores e deputados.
O senador eleito, Inácio Arruda (PC do B) pediu que as lideranças empresariais unam esforços para a reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência da República. O comunista explicou que Lula merece ser, novamente, presidente da República, depois de realizar uma boa administração e ter resistido aos insistentes bombardeios da oposição a sua administração.
A prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, disse estar confiante na reeleição de Lula e não vê temores com altos índices de abstenção eleitoral, que costumam ocorrer nos segundos turnos de disputas eleitorais, em especial no Nordeste brasileiro. Luizianne justificou seu ponto de vista ao explicar que o índice de ausência eleitoral, mesmo sendo alto, foi inferior aos anos anteriores e, segundo ela, isso mostrou a demonstração do povo nordestino e cearense em reeleger Lula.
GOVERNADOR – O governador eleito Cid Gomes (PSB) começou seu discurso afirmando que irá colaborar e ajudar, da melhor maneira possível, a administração de Fortaleza. Cid agradeceu aos empresários dos três setores pela oportunidade e o voto de confiança que eles deram para a sua eleição e afirmou que a sua boa votação aumenta, ainda mais, a responsabilidade perante a administração estadual. ´Ultimamente não tenho nem conseguido dormir direito pensando em como fazer uma boa administração´, apontou.
Segundo ele, o Ceará foi extremamente bem sucedido para a eleição do ´projeto Lula´ no Ceará, citando a sua expressiva votação e a do presidenciável petista. A eleição de 15 dos 22 deputados federais e de conseguir maioria na Assembléia Legislativa, para a próxima legislatura, foram outros pontos comemorados pelo futuro governador. ´O sentimento agora é de gratidão e cobrança interna para realizar um grande governo´, justificou.
Quanto aos problemas do estado, Cid afirmou que irá atacar por duas frentes. ´A primeira será de forma direta com investimentos e projetos bem sucedidos nas áreas de Educação, Saúde e Segurança Pública. A outra frente, preciso contar com vocês (empresários) para, com criatividade e ousadia, melhorarmos a situação do Estado que é do 23° na distribuição de renda, mas é o oitavo do País em população. Isso é para vocês verem o tamanho do nosso desafio´, apontou.
Para o setor de serviços, Cid Gomes explicou que a área precisa ser desburocratizada, em especial aos pequenos e médios negócios. O governador eleito deu uma resposta para aqueles que o chamam de ´neoliberal´. ´Não sou neoliberal, irei priorizar o social, mas temos também que diminuir a nossa carga tributária, que está além da conta´, comentou.
Em relação a prefeitura de Fortaleza, Cid citou que outra parceria será realizada para a implementação de propostas ao turismo, pois, mesmo afirmando que descentralizará o setor para diversos pontos do Estado, o socialista disse que Fortaleza é a ´sala de visita´ do Ceará. ´Já estou conversando com a nossa prefeita para criarmos um grande plano para o turismo em nossa Capital, mas que este tenha cuidado com o meio-ambiente´, justificou.
LULA – Cid Gomes afirmou que é fundamental a reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência da República. De acordo com o governador eleito, um novo mandato de Lula é uma ´oportunidade ímpar´ de garantir o alinhamento de projetos para o Ceará nas esferas municipal, estadual e federal. ´Mesmo querendo o alinhamento deste projeto, estou integralmente engajado na campanha de Lula porque o presidente não é apenas o melhor para o Ceará, mas para o Brasil´, colocou.