A visita que o presidente Lula fez ao Ceará, para dar inicio as obras de construção da Transnordestina, a estrada de ferro que vai ligar três grandes portos do Nordeste brasileiro: o de Pecém, no Ceará, de Suape, em Pernambuco e Aratu, na Bahia, foi tema do pronunciamento do deputado federal Inácio Arruda, nesta terça-feira (.06.06), no plenário da Câmara. Inácio destacou a importância da obra, afirmando que é exatamente neste governo, após décadas de discussões, que será feita a interligação deste importante meio de transporte de carga no nordeste brasileiro.
Segundo o deputado, a obra vai provocar um impacto gigantesco à região. O Ceará, por exemplo, por ser o segundo maior parque têxtil do país, importa algodão de Barreiras, na Bahia, ou dos estados de Goiás, Mato Grosso e Rondônia, através de carreta, com muito esforço e enorme custo. “Os trilhos do Brasil, este país Continental, não se ligam uns aos outros. Os trilhos do Centro-Oeste não se ligam com os trilhos sequer do estado da Bahia, muito menos com os trilhos de Pernambuco, do Ceará, da Paraíba ou do Piauí”, lembra Inácio, dizendo que agora, com a transnordestina, “nós podemos de fato falar em integração com o resto do país”.
A Transnordestina é um empreendimento que envolve recursos da ordem de R$ 4,5 bilhões. “Imaginem o que é se fazer uma obra com essa dimensão em dois ou três anos”, diz o deputado, informando ainda que a obra vai envolver investimentos do BNDES, do BND e também do setor privado brasileiro. A Companhia Ferroviária do Nordeste entra com mais de R$ 1,5 bilhão. “É o Estado brasileiro retomando a sua capacidade de investir, retomando a sua capacidade de dirigir os destinos do País, que estavam absolutamente sem rumo, e que agora se retoma, ainda vagarosamente, essa capacidade do Brasil de traçar o seu rumo, ter a sua própria direção, ter o seu comando”. Encerando, Inácio Arruda disse que, “integrar-se ainda mais ao Centro-Oeste, ao Sudeste e ao Sul do Brasil é muito importante para nós nordestinos. Mas é importante também para o Sudeste e para o Sul do Brasil, que nós estejamos cada vez mais irmanados. O mais significativo, no entanto, é que esta obra ocorre exatamente neste momento, no Governo de Luiz Inácio Lula da Silva”.