O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou na última terça-feira (/02) um pacote para incentivar o setor de construção civil, com redução de impostos e aumento da oferta de crédito para os compradores. O projeto anunciado ontem tem o objetivo de facilitar o comércio de imóveis, com barateamento dos custos de construção e também do preço final ao consumidor. “Essas medidas vão possibilitar que a construção civil volte a ser uma parte significativa no PIB brasileiro, a grande geradora de empregos que sempre foi no nosso País e que o povo brasileiro possa ter acesso a sua casa”, disse Lula. “Em poucos momentos da história do Brasil a construção civil teve e tem o destaque que está tendo no nosso governo. Interpretem como quiser”, acrescentou o presidente.
Fundo
Com o projeto, o governo prevê a liberação total de R$ 18,7 bilhões de crédito para habitação e saneamento. O dinheiro virá de bancos públicos e privados. Do total, R$ 8,7 bilhões têm origem em recursos da caderneta de poupança – R$ 2 bi da Caixa Econômica Federal e R$ 6,7 bi de bancos privados. Além de oferecer crédito, o governo zerou o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de 13 itens da chamada cesta básica da construção civil. Outros 28 produtos, que tinham alíquota superior a 10%, passam a pagar 5% de imposto. A taxa de importação do cimento foi zerada.
Lula anunciou também a ampliação dos recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social. Criado no final de 2005 para financiar habitações populares, o programa passa a controlar agora fundo total de R$ 1 bilhão. “Não vai faltar dinheiro para que a gente resolva o problema da habitação”, afirmou o presidente. Lula informou ainda que as desonerações anunciadas ontem podem ter seqüência ao longo do ano. No entanto, ele não definiu um prazo para que isto ocorra. Lula acrescentou que não foi possível tomar medidas antes porque as condições não eram tão propícias como agora. Ele lembrou que no primeiro ano de seu governo, recebeu um orçamento do governo anterior e teve de fazer um grande ajuste na economia.
Informações de agências e Portal Vermelho