As centrais sindicais, a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) realizaram no dia 29 de novembro, em Brasília, 2ª Marcha a Brasília pela Valorização do Salário Mínimo e pela Redução da Jornada de Trabalho.
Segundo o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, além do reajuste do salário mínimo, os sindicalistas reinvidicaram também a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas proposta pelo deputado federal Inácio Arruda e pelo senador Paulo Paim (PT-RS), por meio da PEC 393. A redução da jornada, segundo Silva, garantiria a geração de 2 milhões de novos empregos.
Salário-mínimo
O Congresso instala na próxima terça-feira (/12) comissão mista para discutir uma política para o salário mínimo. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (/11) pelos presidentes da Câmara, Aldo Rebelo, e do Senado, Renan Calheiros, depois de reunião com representantes de centrais sindicais. Os sindicalistas reivindicaram o aumento do mínimo para R$ 400 em 2006.
Aldo e Renan ressaltaram a necessidade da definição de mecanismos permanentes de recuperação do mínimo. Renan lembrou que, desde sua criação, na década de 40, o salário mínimo tem perdido poder de compra, e os reajustes não têm garantido um valor adequado. Renan não quis apontar um valor ideal, pois considera essa decisão uma prerrogativa da comissão que será instalada. Ele acredita, no entanto, que o mínimo deve ter o maior valor possível que a economia possa suportar.