Em debate realizado no Pacto Cooperação sobre a transposição das águas do rio São Francisco para o Nordeste Setentrional, o deputado federal Inácio Arruda disse que “não podemos tratar essa questão como uma verdadeira panacéia”. Segundo o deputado, todas as críticas em relação ao projeto de transposição já foram resolvidas e que a questão não é técnica, mas política. “Não estamos aqui para dizer que a transposição vai resolver o problema da pobreza do Nordeste. A pobreza está ligada a um projeto muito maior para o país, que é o do desenvolvimento”.
Inácio Arruda explicou que os 26 m³/s de água do rio São Francisco que serão liberados para o Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba, serão utilizados primeiro para o abastecimento humano; segundo para a garantia de negócios, para o nosso progresso. “Com irrigação poderemos garantir que essa população, no lugar de migrar para outras cidades, possa ficar e produzir em suas próprias terras”. Participaram ainda dos debates no pacto de Cooperação, o vice-prefeito de Fortaleza, Veneranda, a engenheira Zita, os deputado estaduais Chico Lopes e Pimenta e o presidente do CREA-Ce, Otacílio Borges.
Para Inácio as críticas são necessárias no sentido de aperfeiçoar o projeto. Essas são muito bem vindas. O que não se aceita são as críticas que fazem coro com os interesses políticos. Por fim, lembrou aos presentes que o São Francisco é um rio nacional, não pertence a nenhum Estado, mas a União. Por isso, cabe ao Governo Federal definir o seu uso. E conclamou a todos os cearenses a se unirem em torno desse movimento em defesa da água, da vida e do desenvolvimento, pela definitiva integração das nossas bacias, unindo o Nordeste e o Brasil.