URCA integra equipe de pesquisadores na Antártica no 36º Operantar


A Universidade Regional do Cariri (URCA) participou do projeto Paleoantar, vinculado ao Programa Antártico Brasileiro, que se propõe a estudar fósseis Antárticos, principalmente vertebrados. Essa foi a 36a edição do Projeto, com pesquisadores da URCA, Universidade Federal do Pernambuco (UFPE), Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e Universidade Federal do ABC (UFABC).

A expedição aconteceu de dezembro do ano passado até fevereiro deste ano, sob a coordenação do Professor Dr. Alexander Kellner, do Museu Nacional “Paleoantar”. Este ano, o projeto contou com a ampliação de pesquisadores de diversas instituições.

O Professor Dr. da URCA, Allysson Pinheiro, passou a integrar a equipe de pesquisadores. Ele destaca a Antártica como o último ambiente verdadeiramente natural do planeta e por isso necessita de atenção especial.

Dentre o material coletado nesta campanha estão ossos de vertebrados, conchas de moluscos e lagostas que habitaram a Antártica há aproximadamente 70 milhões de anos. O material, que estima-se pesar cerca de 400 kg, será levado para o Brasil para que então se iniciem as pesquisas de laboratório. Esta é a quarta participação de paleontólogos brasileiros do projeto Paleoantar em terras Antárticas, desde o início de suas atividades em 2007.

As pesquisas têm sido voltadas principalmente para os estudos de vertebrados. Os pesquisadores foram levados pelo Navio de Apoio Oceanográfico Ary Rongel, da Marinha do Brasil, para a ilha de James Ross na Península Antártica, onde permaneceram acampados de 07 de dezembro de 2017 a 25 de janeiro de 2018.

A paleontóloga da UFPE, Juliana Sayão, participou de três expedições à Antártica. Ela coordenou a equipe em campo. Conforme a pesquisadora, a Antártica é uma das últimas fronteiras do conhecimento a ser explorada, o que faz com que todas as informações e materiais coletados constituam importantes descobertas científicas.  Segundo a pesquisadora, entre os materiais encontrados, está um crânio de um grupo de vertebrados nunca antes encontrado na Antártica. Ela acredita que esta será a maior descoberta feita pelo projeto desde seu início.

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