Ceará negocia incubação de empresas com a Amazon


Em entrevista ao jornal Diário do Nordeste, o secretário da Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Inácio Arruda, diz que a pasta pretende ampliar a parceria que já tem com a empresa americana Amazon, via Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice). De posse de contratos que permitirão o desenvolvimento de cerca de 50 empresas em municípios cearenses, a Secitece quer aumentar o número de empresas incubadas a partir do contato maior com a gigante da internet.

“Temos forte base na graduação, temos a conectividade altíssima, temos o cinturão digital, além de empresas que já negociam com grandes companhias, e acabamos de fazer tratativas com a Amazon, para não só esteja com a Etice, mas para que faça a incubação de empresas na área de TI no Ceará”, afirmou Arruda durante a cerimônia de chegada do cabo de fibra ótica ultramarino da Angola Cables.



Inácio deu entrevista ao jornal Diário do Nordeste durante cerimônia de chegada do cabo de fibra ótica ultramarino da Angola Cables em Fortaleza

Os contratos atuais, de acordo com o secretário, garantem a incubação de 50 empresas e a Secitece ainda conta com um programa de aceleração de startups que ampara cerca de 100 novos negócios anualmente.

Empresas já estão aqui 

A chegada da Angola Cables, cujo a chegada cabo é mais um ato concreto da realização do projeto de hub tecnológico idealizado pelo governo cearense, além de infraestrutura já garantida pelo Estado, como o Cinturão Digital, fazem do Ceará um ambiente propício ao desenvolvimento de negócios na área da tecnologia da informação, segundo avalia Arruda.

Ele ainda dá como exemplo a parceria que multinacionais da área, como Apple, Ericson, Microsoft e Dell, têm com instituições de ensino local, mostrando que “as grandes companhias já estão aqui e já sabem que estamos formando gente com alta qualidade profissional”.

“O que precisamos é que essas grandes companhias estejam aqui com empresas subsidiárias, sediadas no Ceará, ajudando a produzir conteúdo no Ceará, e transportando esse conteúdo do Ceará para o mundo. É isso que queremos. E a legislação de inovação do ceara tem que se adequar a essa nova realidade”, afirma, apontando para o principal gargalo do setor atualmente.

Legislação precisa mudar

Isso porque a economia cearense não contava com elementos como o Cinturão Digital, o hub tecnológico e muito menos a quarta revolução digital quando a legislação para o setor foi criada, há cerca de dez anos. “Estamos com a obrigação, primeiro, de fazer a mudança da legislação, que facilite a atração das grandes companhias que lidam nessa área ao Ceará. Isso aqui é uma área de TI sofisticadíssima, que pode gerar emprego de alta qualidade”, garante.

Os trabalhos da Secitece, segundo conta, concentram-se em ações juntamente com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) e toda a área econômica do governo estadual. Arruda ainda ressaltou a regulamentação da lei federal 13.243, que trata de toda a área de inovação tecnológica do País, e deve ajudá-lo no âmbito estadual.

Mão de obra mantida

Outra vantagem competitiva que colabora com o projeto da Secitece de projetar um polo tecnológico no Estado trata-se da mão de obra qualificada, aponta o secretário. O objetivo, segundo ele, é trazer os estudantes que foram fazer graduação fora do Ceará e manter os que já estudam aqui, dentro do Estado.

“Temos mais de 4 mil estudantes na graduação na área de TI. Estamos aqui muito bem amparados, e, além dessa estrutura, temos, em física e matemática, nota máxima na Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) na pós-graduação. Estamos bem situados na graduação e pós”, afirma.

Com informações do jornal Diário do Nordeste

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