O pedido de entrosamento entre governo, academia e setor produtivo deu a tônica do seminário “A Universidade e o Desenvolvimento Econômico do Estado do Ceará”, promovido pelo Conselho de Reitores das Universidades Cearenses (CRUC). O evento aconteceu nesta quinta-feira (8/6), no auditório da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Estado (Secitece).
O encontro reuniu reitores, secretários de Estado e representantes da indústria. Presente no seminário, o secretário de Planejamento, Maia Junior, disse que o grande desafio do Ceará hoje é a criação de um projeto novo para geração de riquezas. “Sabemos que isso só é possível com o capital intelectual. Desenvolvimento só se faz com conhecimento. Precisamos unir academia e governo, de modo que o Estado beba da inteligência gerada nas universidades para poder crescer”, destacou Maia Júnior.
O titular da Seplag falou ainda da importância da qualificação de bons profissionais no Ceará observando as necessidades do governo. “Hoje, por exemplo, a Siderúrgica do Pecém emprega 12 mil pessoas, das quais muitas são trazidas de fora. Necessitamos formar gente que tenha condições de gerenciar. É preciso capitalizar e reter esses profissionais aqui”.
Participaram do encontro também o secretário Jesualdo Farias (Cidades) e Inácio Arruda (Ciência, Tecnologia e Educação Superior). Em sua fala, Inácio considerou o seminário como um evento “histórico”, por reunir representantes de tantas áreas e tão comprometidos com o desenvolvimento do Estado. “Precisamos pensar o Ceará como um conjunto e é isso que estamos fazendo aqui. Temos que compreender o valor do conhecimento científico e tecnológico para o desenvolvimento. Para tanto, começamos a elaborar o novo Plano Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação com um olhar atual e pensamento a longo prazo, até 2050”.
Estiveram presentes no seminário o reitor da Universidade Estadual do Ceará, Jackson Sampaio; o reitor da Universidade Estadual Vale do Acaraú, Fabianno de Carvalho; o reitor da Universidade Regional do Cariri, Patrício Melo; o reitor da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Anastácio de Queiroz; e o reitor da Universidade Federal do Cariri (UFCA), Ricardo Ness.
Os representantes da Fiec Ricardo Sabadia e José Sampaio Filho se colocaram à disposição, em nome da Indústria, para essa sinergia entre os setores. “O setor produtivo não pode estar distante da academia e nem do governo. A Fiec possui hoje o Conselho de Inovação e Tecnologia (Cointec), que vem promovendo essa articulação entre as áreas com vistas à inovação e ao desenvolvimento do Estado”, disse Sampaio.
Integração das universidades
Outro ponto abordado no seminário foi a integração das universidades. De acordo com o secretário adjunto da Secitece, Francisco Carvalho, essa é uma questão estratégica para o desenvolvimento. “Quando pensamos numa aproximação entre as instituições, falamos em otimização de recursos e de oferta de cursos, em observância a um planejamento que considere a expertise de cada uma das nossas instituições de ensino”.
A integração das IES foi destacada também pelo reitor da Uece, que elencou as dez diretrizes já elaboradas pela Secitece em parceria com as universidades com vistas a uma maior aproximação das instituições. Entre as citadas por Jackson Sampaio, destaque para a implantação de um plano de mobilidade acadêmica entre universidades, tanto para docentes quanto para estudantes; racionalização da oferta de disciplinas pelo uso da modalidade a distância; e ampliação de projetos de campi multi-institucionais.
Participaram do seminário a secretária Executiva da Secitece, Nágyla Drumond; o pró-reitor de Administração e Planejamento do IFCE, Tássio Lofti; o pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da Urca, Allysson Pinheiro; e os coordenadores da Secitece Cândido B.C. Neto (Educação Superior), Adeline Lobão (Assessoria de Desenvolvimento Institucional), Sandra Monteiro (Ciência, Tecnologia e Inovação), Elvira Madeira (Administrativo-financeira) e Juliana Morais (Assessoria Jurídica).
