Cobertura Imagine Cup | Etapa brasileira da competição mundial é encerrada no Ceará


O Cineteatro São Luiz ficou pequeno para o encerramento da etapa brasileira da Imagine Cup, realizada nesta quinta-feira, 18 de maio. Mais de 1000 estudantes, autoridades e profissionais da área compareceram ao evento.

A cerimônia foi aberta com apresentação da banda cearense América, com repertório especial em homenagem a Belchior. A coordenação musical é do maestro Poty Fontenelle, professor da Universidade Estadual do Ceará (UECE) e Universidade Federal do Ceará.

Em clima irreverente e descontraído, a solenidade seguiu sob o comando do palhaço e apresentador Márcio Ballas.

Em seu pronunciamento, o secretário da Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Inácio Arruda, agradeceu ao apoio das universidades públicas e privadas que tem se empenhado para mudar o país. “Há muita gente que está dentro da academia, olhando para a ciência, pesquisa e inovação e querendo empreender pelo nosso pais. Nossa criatividade tem que ser muito estimulada, não só o humor, a graça e a alegria para vivermos bem e dignamente nessa terra da luz”.

Para ele, “a ciência e a tecnologia não pode ser um ativo que exclui, é obra dos humanos para que a gente seja mais humano, temos que usar o nosso conhecimento, capacidade, inspiração e energia para ajudar a humanidade a ser feliz, viver bem, aqui, no Brasil e no mundo, isto é possível, um outro mundo é possível, nós temos capacidade de fazer isso”, garantiu.

A vice-presidente de Ações Corporativas da Microsoft, Alessandra Del Debbio contou um pouco da trajetória da Imagine Cup. “Essa é uma iniciativa da Microsoft que temos muito orgulho”. Desde 2003, quando foram iniciadas as competições, mais de 200 mil estudantes participaram. “Nos 14 anos da competição, nove tiveram brasileiros como finalistas”, aponta.

“Temos que continuar investindo nessas mentes brilhantes que vão criar soluções para resolver problemas da humanidade. Apoiando empreendedores como vocês a Microsoft realiza sua grande missão: empoderar cada indivíduo, empresa e cidadão por meio da tecnologia”, afirma Alessandra.

O responsável pela Imagine Cup no Brasil, Rodrigo Dias, agradeceu e parabenizou o empenho do Governo do Ceará e disse que “essa foi, sem dúvida a Imagine Cup mais difícil de todos os tempos, e também a maior de todas: nunca colocamos 1000 pessoas num auditório. Parabéns Ceará!”.

Vencedores

Após serem avaliados por uma banca de especialistas, um projeto paulista e outro paraibano tiveram as maiores notas e foram considerados os mais inovadores na final brasileira da Imagine Cup. Os vencedores foram os projetos Upfish (SP) e Bubu Digital (PB), que têm como objetivos ampliar a oferta de alimentos para a população e ajudar a combater a mortalidade infantil, respectivamente.

Os dois projetos terão apoio do Instituto InnovAction, para transformarem suas ideias em startups, além de irem representar o Brasil na etapa global, em Seattle, com viagem custeada pela Microsoft. Na grande final global concorrerão com outros 58 times do mundo inteiro a um prêmio de 100 mil dólares, além de mentoria exclusiva com Satya Nadella, CEO da Microsoft.

Os campeões terão também o apoio do Instituto InnovAction, para transformarem suas ideias em startups. Todos os 15 finalistas terão ainda a possibilidade de participar do BizSpark, que da mentoria e disponibiliza os recursos tecnológicos da Microsoft sem custo.

Conheça detalhes dos projetos campeões:

UpFish – Unicamp + UFABC (SP)

Para tentar ampliar a oferta de alimentos, o Upfish é uma solução que monitora a produção de pescado em sistemas de aquicultura, que é um dos meios mais eficientes de produzir proteína animal. As fazendas de pescado consomem baixa quantidade de recursos naturais e oferecem grande quantidade de alimento para a população. A proposta do Upfish é usar a tecnologia para ajudar o maior número de produtores. Utilizando o sistema de nuvem Azure da Microsoft, o aplicativo pode se tornar uma valiosa base de dados estratégicos que ajudarão o mercado de aquicultura a ganhar força.

BubuDigital – IF Paraíba (PB)

A solução apresentada é uma chupeta que monitora a saúde de bebês por meio de sensores de temperatura e umidade. O objetivo é ajudar a combater a mortalidade infantil, que ainda tem índices altos no Brasil, principalmente decorrentes de doenças que poderiam ser detectadas e tratadas. Os dados coletados pela chupeta são enviados a dispositivos móveis, podendo ser acessados em forma de gráficos e lembretes para os pais. Mais do que fazer o monitoramento individual, a ideia do BubuDigital é reunir uma quantidade de informações em um único local a respeito de Mortalidade Infantil, o que pode ser útil para governos e cidadãos. Considerando que o uso de chupetas é bastante difundido no país, o projeto pode ter uma rápida inserção no mercado.

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