Inácio denuncia papel antidemocrático da grande mídia nas eleições


Inácio denuncia papel antidemocrático da grande mídia nas eleiçõesO senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) denunciou, dia 29, na Tribuna do Senado, o papel dos grandes meios de comunicação, que “tramaram como partido, juntaram-se para apoiar um candidato e combater uma candidata, mas, falsamente, apresentaram-se como neutros durante a campanha presidencial”.  Repudiou, também, a ação desses órgãos de mídia que “continuam esticando a corda, mantendo um cabo de força, transformando a vida política brasileira num terceiro turno permanente”.

Segundo o parlamentar, as vitórias de Barack Obama nos Estados Unidos, e de François Holland, na França, resultaram de diferenças de votos em relação aos seus adversários menores do que a diferença entre Dilma Rousseff, do PT, e Aécio Neves, do PSDB, no Brasil. “No entanto, nesses países os resultados foram considerados normais, considerados vitória da maioria. Mas, aqui no Brasil, esses meios de comunicação dominantes apresentam a vitória da Dilma como um país dividido, que ficará ingovernável. Um desrespeito à vontade da maioria soberana do país”, criticou.

Para Inácio, “o que esteve em disputa na eleição presidencial foram os caminhos do Brasil, de desenvolvimento com soberania, ou de subserviência às potências econômicas mundiais. E a grande mídia está do lado da subserviência. Mas essa subserviência não é adotada sequer pelas potências que a defendem – defendem para os outros países, é claro. Os Estados Unidos não abrem mão do papel do Estado, nem a França, nem a Alemanha, nem a Inglaterra. Eles não aceitam que outros países ditem as regras de seu desenvolvimento”.

Inácio também classificou como crime eleitoral a edição da revista Veja, lançada às vésperas da eleição, com calúnias contra a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula, “que foi distribuída como um panfleto, por todo o país”. E questionou: “Quem pagou essa distribuição?”

Em contraponto ao posicionamento da mídia oligopolista, o senador destacou a atuação de jornalistas como Paulo Henrique Amorim, do Conversa Afiada; Luiz Carlos Azenha, do Viomundo; Rodrigo Viana, do Escrevinhador; Luiz Nassif, do GGN; Altamiro Borges, do Barão de Itararé; de Mino Carta, da CartaCapital, dentre outros. “Estes jornalistas, honrados, tomaram partido em defesa da candidatura de Dilma Rousseff, mas o fizeram às claras, explicando e defendendo os rumos desenvolvimentistas e soberanos para o Brasil. Não se valeram de uma falsa neutralidade. Mostraram que existem jornalistas que, não deixando de dar as notícias favoráveis ou contrárias ao governo, mas as analisam criticamente e defendem, abertamente, as soluções que consideram mais corretas para o país”.

 

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