Aracati, Crateús, Canindé, Crato, Iguatú, Itapipoca, São Benedito e Tauá são os municípios cearenses que serão beneficiados com salas de cinemas. É o projeto Cinema da Cidade, realizado pela ANCINE em parceria com a Secretaria de Cultura do Estado do Ceará – SECUT. Na tarde desta quarta-feira (10.09), o presidente da ANCINE, Manoel Rangel, esteve em Fortaleza para uma reunião com prefeitos e secretários de cultura desses municípios.

O senador Inácio Arruda, um dos articuladores e incentivadores desse projeto, presente a reunião, disse que as salas constituem uma rede importante de equipamentos culturais tanto para a oferta descentralizada de cinema, quanto para a promoção da diversidade dos filmes

Durante a reunião, Manoel Rangel informou que o Projeto Cinema da Cidade prevê a construção de salas de exibição em municípios com população entre 20 mil e 100 mil habitantes. Atualmente, há mais de mil cidades brasileiras desse porte, sem nenhum cinema em funcionamento. A meta governamental é construir 150 Cinemas da Cidade, até o ano que vem, e 300, até 2020.

Cada complexo, instalado em cada um dos oito municípios cearenses, possui duas salas de cinema, uma com capacidade para 100 pessoas e outra para 200 pessoas, todas com equipamentos digitais de alta qualidade. O investimento em cada complexo é de R$ 2,5 milhões, sendo R$ 2 milhões da Ancine e 500 mil em investimento da Secult.

Rangel explicou também que as salas serão de propriedade do município ou do Estado, gerenciadas por empresários escolhidos por licitação. Para garantir a viabilidade financeira do empreendimento, haverá espaços comerciais e de serviços junto aos cinemas. Além disso, as salas de exibição poderão ter seu uso estendido para outras ações educativas ou culturais.

Apesar de avanços obtidos nos últimos anos, ainda são poucos os municípios que contam com cinemas. Com as novas salas abertas em parceria entre a Secult e a Ancine, o Ceará terá um mapa bem mais democratizado do acesso às exibições de cinema, com os municípios também atuando como pólos capazes de atrair espectadores de cidades vizinhas.

Até 2020, o Brasil pode se transformar no quinto mercado do mundo em produção e consumo de conteúdos audiovisuais para cinema, televisão e novas mídias. Além disso, o nosso país poderá ter 4.500 salas digitais, com capacidade para atrair 220 milhões de espectadores por ano, mais do que o dobro do volume atual. .